Vivendo e aprendendo; lendo e descobrindo. Não se pode parar nem de
viver, nem de ler, uma vez que a vivência e a leitura são alimentos do corpo e
da alma que nos dão consistência e nos preparam para os os que
daremos adiante.
Ora pois, não estamos vivos porque vamos adiante?
Muito bem. Para não fugir do tema, tendência que me faz desviar de
assuntos, vou, mais uma vez, aqui, me referir às fontes cristalinas da vida e da
literatura, nas quais é saudável que finquemos nossas raízes. São fontes
Notícias de Nova Friburgo e Região Serrana 6e723i

Tereza Cristina Malcher Campitelli 6w2p4z
Momentos Literários 6e1gk
Tereza Malcher é mestre em educação pela PUC-Rio, escritora de livros infantojuvenis e ganhadora, em 2014, do Prêmio OFF Flip de Literatura.
As abelhas e nossos adiantes 3h33h
Adeus 1n5y20
Estou lendo o romance “Muito Além do Infinito”, obra da escritora inglesa
Jill Mansell. A história nos mostra, através de uma narrativa leve e delicada, os
diferentes processos de elaboração do luto, ao expor os sentimentos da
esposa, do pai e do amigo de Jamie, personagem falecido num acidente de
carro no início da história.
Todos nós vivenciamos o luto que pode ser breve, como se estender por
um tempo mais longo. Inclusive, cada pessoa vivencia a perda de um ente de
uma forma particular, dependendo do elo afetivo que estabelece com ele. A
Um lugar cheio de palavras chamado Vilma Spitz 2144n
Tive o prazer de ser convidada para a inauguração da biblioteca da
Escola Municipal Juscelino Kubitschek de Oliveira, que ocorreu no dia 02 de
julho de 2022, no bairro de Varginha, em Nova Friburgo. Foi numa manhã de
sábado ensolarada de inverno. A escola, recentemente inaugurada, que
substituiu o prédio antigo, estava imponente na ladeira tal qual uma rainha.
Quando cheguei havia um movimento de pessoas na porta, carros subindo e
descendo a rua; a descontração reinava no lugar. Como a sensação que tive
A literatura e seus elos de afeto nw4c
Sim, a literatura une as pessoas.
Hoje vou relembrar as experiências afetivas que a literatura me
proporcionou. Quando resolvi me tornar escritora, conclui que precisava de um
aprendizado sistemático e procurei oficinas de literatura.
A primeira foi numa padaria, da qual esqueci o nome, um lugar de dois
andares, que tinha um salão para eventos. Soube que havia ali um encontro
semanal de pessoas que queriam escrever, organizado pela escritora Virgínia
Cavalcanti. Ali me encantei com a proposta e com as pessoas. Logo depois, a
A dignidade das estantes de livros 4pu5t
Ora vejam só essa! Aconteceu recentemente. Este ano, em meio a uma sessão
de trabalho virtual, uma estante de livros feita de papelão, que compunha a parede de
fundo da sala de um desembargador, desabou. O nobre jurista se levantou e ergueu-a
com tranquilidade e sem esforço algum.
Gostaria de deixar que o leitor tire suas conclusões.
Entretanto quero expressar meu indignado espanto, que é tanto que nem sei
que palavras vou encontrar para continuar a escrever a coluna. Coisa mais bizarra
As águas que navegamos 4ww5q
Navegar é preciso para sermos únicos e deixarmos nossos registros pelos
caminhos que amos.
***
Zuleica! 2f6h4w
A coluna da semana ada me enterneceu. Aliás todas que escrevo me sensibilizam, mas essa me foi especial porque retornei a um tempo em que guardei belas recordações afetivas. Hoje, acordei envolta pelo modo de sentir a vida de uma personagem, Zuleica, uma mosca cor-de-rosa-choque que criei no livro, “Um Cão Cheio de Ideias”. Ela sobrevoou meus pensamentos. Quando fiz a adaptação do texto para o teatro com a diretora Mônica Alvarenga, ela borboleteava e cantarolava:
“Vida, vida bela
Não se deve estragar ela
Minha amiga, seus óculos e meus anéis 6m5t1e
Quem não gostaria de que alguns momentos vividos se tornassem eternos? Ah, tudo finda. Noutro dia pensei no que iria acontecer com meus anéis quando eu morrer. Os momentos significativos têm simplicidade e acontecem tão naturalmente, muitas vezes são surpreendentes. A última estrofe do soneto de Vinícius de Moraes, “Soneto de Fidelidade”, me acompanha todas as vezes que sinto felicidade.
“Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.”
Um diamante que está deixando de brilhar 5k5kp
Um debate no Clube Leitura Vivências me despertou para as festas juninas. O que está acontecendo com elas? Eu me perguntava na medida em que me reportava à infância e delas me recordava através de saudosas lembranças. Conforme ia pesquisando e desvelando o tema, reencontrei um diamante que está deixando de brilhar.
Lendas Urbanas 716d6p
Durante a oficina literária, da qual participo semanalmente, há uns vinte anos, Pablo, antigo companheiro de escrita, escreveu um conto de memória sobre lendas urbanas em que aborda o tema de modo bem-humorado. Como nunca havia escrito a respeito nesta coluna literária, resolvi me debruçar sobre o assunto que corre sorrateiramente pela cidade, principalmente em universidades, escolas e instituições. Onde moro, na Fazenda Bela Vista, há tempos, corriam de boca em boca as histórias das Três Freiras e a do João Cocó que virava lobisomem.